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Mensagens

A mostrar mensagens de 2019

1º lugar no Concurso de Poesia

Abafado Conheces-me como te conheces? Serás aquilo que não sei se sou? Anseios, lágrimas, sorrisos bipolares. A fuga do Minotauro, por onde vou... Procuram exaltadas as mãos o portal oculto do saber. Arriscado futuro dominado pelo passado, e eu numa sala húmida, sem ar. Grito no silêncio a prece pois vácuo é este ar. Vestem-me a camisa de forças. Apertam, apertam, deixo de respirar. E agora (choro)...  Miguel Santos

2º Lugar no Concurso de Poesia

Noturnos como somos Escrito numa noite de verão que me lembra que não tenho razão de estar miserável Contemplar o modo em que ele leva o cigarro aos lábios O modo que dois dedos o seguram tremulamente E as bochechas esvaziam quando ele enche a boca de fumo venenoso e quente Abre os olhos manso como um cordeiro, olhos sábios. Há uma ruga entre as sobrancelhas d’Ele Chama-se a Linguagem do Caos À combinação dos olhos intensos e da ruga franzida na sua pele Mas é a Linguagem do Caos que na sua direção me impele. Caos manifesta-se nos olhos Olhos esses que estão agora fechados, Mas mesmo sem ele ver Os dados estão lançados. Quando cerrados, parecem de um predador Ou os de uma fera concentrada. Mas quando abertos, já parecem De uma presa domesticada. São de tons pretos e manchados Como que enegrecidos pelo fumo Que age como uma névoa, Escondendo olhos tristes e cansados Do Caos são vassalos, e estão saturados. Mas mesmo na imensidade da sua escuridão melancólica e m

Cem Anos de Solidão

      “ Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo” – é com estas palavras tão célebres e  marcantes que Gabriel García Marquez introduz  Cem Anos de Solidão.     Esta obra-prima de literatura contemporânea traduzida em mais de 35 idiomas diferentes tem um título que, por si só, resume o seu conteúdo , pois a história passa-se em Macondo, aldeia fictícia criada por José Arcadio e Úrsula, situada  no meio de uma floresta algures na América Latina onde reina a solidão e a forma estranha das personagens se amarem.      Ao longo de 392 páginas, o autor colombiano não só nos presenteia com a aventura da família Buendía-Iguarán ao longo das 6 gerações,  desde que começou até à sua extinção; como também nos obriga a uma reflexão sobre um vasto número de temas, por exemplo, revoluções, fantasmas, incesto, corrupção e loucura, demonstrando, assim, a imaginação fértil tão pe