Avançar para o conteúdo principal

Poemas de Amélia Pais Ilustrados por alunos de Artes Visuais

 Por ocasião do Dia da Poesia de 2021, divulga-se as ilustrações criadas por alunos de Artes Visuais de 11º ano, fruto de trabalho articulado entre as docentes Maria José Dias e Helena Espírito Santo.

UNA FURTIVA LACRIMA

Desliza

Ricardo Sousa

suave

furtiva

uma lágrima


abre em ti
a flor
oculta
e breve

ESPELHO

Carolina Frade
Miguel Borges

és

quem te vês

nos olhos de quem amas

esse o momento

do esplendor

e da verdade

- só teu

Rita Silva


plácida a sombra atravessa o

limiar do dia
nos interstícios do olhar

a luz espreita
limpa e serena


e nos convida




Henrique Cardina
PAPOILAS


Grito aberto

Na manhã do espanto


INEXORÁVEL A LUA

Diana Augusto

Leve
(inexorável)
a lua

se
eleva

breve


Caminho

do infinito


Beatriz Martins Silva


É PRECISO ACREDITAR DE NOVO E SEMPRE

Beatriz Oliveira

Beatriz Antunes

Belo e difícil este país de não
Ternura e sol de meu amor
Reino de fantasmas de navios
Dedos gigantes abarcando o mar

Ah pudesse eu agarrar no meu país
E dá-lo todo todinho a esta esperança nova

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

5 dias/5 poemas de Rodrigues Lobo - "Antes que o sol se levante"

Dia 3 Sta Maria Madalena, de Josefa de Óbidos, 1650 Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra   ÉCLOGA X Antes que o sol se levante Mote Antes que o Sol se levante, vai Vilante ver seu gado, mas não vê Sol levantado quem vê primeiro a Vilante. Voltas É tanta a graça que tem com üa touca mal envolta, manga de camisa solta, faixa pregada ao desdém, que se o Sol a vir diante, quando vai mungir o gado, ficará como enleado ante os olhos de Vilante. Descalça, às vezes, se atreve ir em mangas de camisa; se entre as ervas neve pisa, não se julga qual é neve. Duvida o que está diante, quando a vê mungir o gado, se é tudo leite amassado, se tudo as mãos de Vilante. Se acaso o braço levanta, porque a beatilha encolhe, de qualquer pastor que a olhe leva a alma na garganta. E inda que o Sol se levante a dar graça e luz ao prado, já Vilante lha tem dado, que o Sol tomou de Vilante. Éclogas,  X

5 dias/5 poemas de Rodrigues Lobo - "Vai o rio de monte a monte"

créditos: dianamaciasmar Dia 2   Mote Vai o rio de monte a monte, Como passarei sem ponte? Voltas É o vau mui arriscado, Só nele é certo o perigo; O tempo como inimigo Tem-me o caminho tomado. Num monte está meu cuidado, E eu, posto aqui noutro monte, Como passarei sem ponte? Tudo quanto a vista alcança Coberto de males vejo: D'aquém fica meu desejo E d'além minha esperança. Esta, contínua, me cansa Porque está sempre defronte: Como passarei sem ponte? Primavera, Vales e Montes..., Floresta Quinta