Avançar para o conteúdo principal

1º prémio do Concurso de Poesia

 Lembras-te de mim?


Quantas memórias carregas

Foi um sonho talvez

Um sonho carregado de amor e felicidade

Como é triste ver agora

Morrer tão belo...


Ouves os acordes da guitarra? Segue-os

antes que esqueças como eram.

Sentes a melodia da flauta? São os seus últimos compassos...

Um dueto em perfeita sintonia...

Acabou.

Ouço perfeitamente o silêncio da minha solidão, agora.


Sorri para mim uma última vez. Porque não sorris?

Que puro e singelo era...

Voa! Para onde possas ouvir eternamente a melodia da felicidade.


Lembras-te de mim, avó?


Amor...



Ana Oliveira

Comentários

Mensagens populares deste blogue

5 dias/5 poemas de Rodrigues Lobo - "Antes que o sol se levante"

Dia 3 Sta Maria Madalena, de Josefa de Óbidos, 1650 Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra   ÉCLOGA X Antes que o sol se levante Mote Antes que o Sol se levante, vai Vilante ver seu gado, mas não vê Sol levantado quem vê primeiro a Vilante. Voltas É tanta a graça que tem com üa touca mal envolta, manga de camisa solta, faixa pregada ao desdém, que se o Sol a vir diante, quando vai mungir o gado, ficará como enleado ante os olhos de Vilante. Descalça, às vezes, se atreve ir em mangas de camisa; se entre as ervas neve pisa, não se julga qual é neve. Duvida o que está diante, quando a vê mungir o gado, se é tudo leite amassado, se tudo as mãos de Vilante. Se acaso o braço levanta, porque a beatilha encolhe, de qualquer pastor que a olhe leva a alma na garganta. E inda que o Sol se levante a dar graça e luz ao prado, já Vilante lha tem dado, que o Sol tomou de Vilante. Éclogas,  X

5 dias/5 poemas de Rodrigues Lobo - "Vai o rio de monte a monte"

créditos: dianamaciasmar Dia 2   Mote Vai o rio de monte a monte, Como passarei sem ponte? Voltas É o vau mui arriscado, Só nele é certo o perigo; O tempo como inimigo Tem-me o caminho tomado. Num monte está meu cuidado, E eu, posto aqui noutro monte, Como passarei sem ponte? Tudo quanto a vista alcança Coberto de males vejo: D'aquém fica meu desejo E d'além minha esperança. Esta, contínua, me cansa Porque está sempre defronte: Como passarei sem ponte? Primavera, Vales e Montes..., Floresta Quinta

5 dias/5 poemas de Rodrigues Lobo - "Mil anos há que busco a minha estrela"

 Dia 1 Mil anos há que busco a minha estrela E os Fados dizem que ma têm guardada; Levantei-me de noite e madrugada, Por mais que madruguei, não pude vê-la. Já não espero haver alcance dela Senão depois da vida rematada, Que deve estar nos céus tão remontada Que só lá poderei gozá-la e tê-la. Pensamentos, desejos, esperança, Não vos canseis em vão, não movais guerra, Façamos entre os mais üa mudança: Para me procurar vida segura Deixemos tudo aquilo que há na terra, Vamos para onde temos a ventura. Fénix Renascida , I