O Clube de Escrita iniciou a 8 de outubro as atividades deste ano letivo.
A proposta para a primeira sessão, no âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, com o tema "Para além das estantes: IA, Bibliotecas e o futuro das histórias", foi cada um escrever um parágrafo de um texto e pedir à Inteligência Artificial que acrescentasse outro, dando assim continuidade. Foi este o prompt e cada um usou a aplicação que entendeu.Ora vejam:"Nem sempre o que vemos é real e nem sempre o que sabemos é verdade, independentemente da quantidade de tempo que passamos com a pessoa nunca teremos a certeza da sua fieldade nem o que ela realmente pensa, pois nem sempre nós conhecemos o nosso reflexo nem a sombra. V.
Talvez seja por isso que confiamos mais nas sensações do que nas palavras.
O olhar pode enganar, o sorriso pode disfarçar, mas a essência… essa, mesmo escondida, acaba sempre por se revelar.
No fim, o tempo não mostra quem alguém é — apenas nos ensina a olhar com mais atenção."(IA)
"Um mero dia de outono, as folhas caem e com elas vêm o vento calmo. O sol brilha suavemente mas com um tom fraco. Eu sento me num banco de jardim, apreciando oque me rodeia até notar os cabelos loiros que se passavam diante de mim.(R)
Um perfume doce pairava no ar, misturando-se ao aroma terroso das folhas secas. Por um instante, o tempo pareceu suspenso — o vento cessou, e tudo ao meu redor se desfez num suave silêncio. Os fios dourados dançavam com a brisa, refletindo a luz pálida do sol como se cada mecha guardasse um segredo do próprio outono. Meu coração, até então tranquilo, encontrou ritmo no simples balançar daquele instante, como se o destino tivesse sussurrado uma promessa em meio ao som distante das folhas que ainda caíam." (IA)
"A noite era silenciosa, deixava-se cobrir de neblina e tudo tomara um ar misterioso mas subtil. (M)
As luzes distantes tremeluziam como pequenos astros perdidos na bruma, e o som leve do vento parecia sussurrar segredos antigos entre as árvores imóveis. Havia no ar uma calma densa, quase palpável, que tornava cada movimento mais lento, cada respiração mais profunda, como se o mundo inteiro hesitasse entre o sonho e o despertar." (IA)
"Uma maldição efetiva é aquela que vem do melhor dos lugares. Uma maldição de amor, de amizade, uma maldição do Outro. Neste caso, a maior maldição de Michael foi o seu nascimento. Criança perdida, fruto de um amor entre uma bela atriz e um guionista falhado. Após a separação inevitável, o pai não teve outra escolha do que fazer com que a criança se arrependesse de ali estar. Michael vivia um linda maldição. (T)
O tipo de maldição que não se desfaz com rezas nem se quebra com o tempo — apenas se transforma, amadurece junto com o corpo, enraizando-se nas frestas da mente. A cada gesto do pai, a cada palavra dita com desdém, algo dentro de Michael se reorganizava em silêncio, como se estivesse sendo moldado por mãos invisíveis. Cresceu aprendendo que o amor era uma armadilha e que a afeição vinha sempre acompanhada de um golpe. Tornou-se um observador, não um participante — uma presença que aprendia a existir para não ser notada. E, ironicamente, quanto mais tentava escapar da sombra que o criou, mais se tornava parecido com ela." (IA)
"O dia clareou e o homem preparou -se para partir. Carregava a mala, mas a bagagem interior era bem mais pesada. Pela última vez, (H)
passou o olhar pela casa vazia, tentando gravar cada recanto na sua memória, como se a simples lembrança pudesse aliviar o nó que sentia no peito. A porta fechou-se com um clique suave, um som pequeno mas definitivo que selou o fim de uma era. Agora, só restava a estrada incerta à sua frente e a esperança ténue de que o peso que carregava diminuísse com cada passo dado para longe." (IA)
A partilha foi muito rica pois falou-se de diferenças e parecenças entre o estilo de cada um e a resposta da Inteligência Artificial, do que agradou menos e percebeu-se que, para cada quem gosta de escrever, criar, a IA não substitui a criação humana.
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