Anne Frank não foi uma criação literária.
Anne existiu, viveu, experienciou a infância numa família, teve amigos que a protegeram, apaixonou-se como qualquer outra adolescente e veio a morrer muito pouco tempo antes da libertação.
O tempo em que viveu escondida no Anexo, sempre envolta no receio de serem descobertos, com as fricções do dia a dia que desgastavam as relações são-nos relatadas no seu "Diário", recebido no seu 13º aniversário.
Nunca se soube quem fez a denúncia que fez irromper a polícia pelo Anexo e conduziu todos os "escondidos" para o campo de concentração.
Do período no campo de Auschwitz, onde Anne chegou com a família em agosto de 1944, pouco se sabe. Ela, a mãe e a irmã ficaram juntas até as duas jovens serem deportadas, em novembro do mesmo ano, para Bergen-Belsen, um campo ainda mais miserável. Tendo contraído febre tifoide, e sem qualquer tratamento, viria a morrer ali em fevereiro de 1945.
Apenas o pai sobreviveu, tendo sido libertado de Auschwitz.
Depois desta guerra e da barbárie do Holocausto, pensou-se que tal nunca mais poderia voltar a acontecer ou voltar sequer a ser pensado fazer-se...
Comentários
Enviar um comentário