Amar É Sentir-te
O Mundo muda a cada instante,
Cada dia é um desafio e a vida é feita de mudança,
Mas a velocidade dessas alterações hoje em dia é
alucinante,
Os princípios com que fomos educados, por regra,
mantêm-se,
Contudo, se não acompanharmos o ritmo, ficamos
prisioneiros da herança.
Deslocados da sociedade atual dos paradigmas da
civilização,
Retidos por dogmas que religiosamente preservamos,
ficamos isolados,
Devoramos cartilhas de pensamentos e recordações de
uma vida passada,
Construída com o suor e a força de uma alma sã, mas
desfilando num protesto,
Silencioso, em que a voz é apenas o bater das botas
de um pelotão de soldados.
Não! O Mundo espera algo de nós e nesta caminhada
surpreende-nos,
Nada acontece por acaso, existem pessoas que nos aparecem
na jornada,
Sem darmos por elas, deixam algo delas e levam algo
de nós,
Mas quando temos a capacidade de as acompanhar e
perceber,
Que a missão por vezes, não passa de uma
complementaridade dos intervenientes,
Ter a capacidade de ouvir é ter o retorno de uma
alma apaixonada.
Por isso se hoje for o dia, te direi, que amar é a
forma mais pura de te ter,
Que a saudade é a certeza mais coerente de que um só
é uma ilusão numa noite de luar,
Que estar sozinho não é estar só, é sentirmo-nos
ausentes de nós mesmos,
Então, abro os meus braços que acolhem o meu mundo,
pego-te ao colo
E olhos nos olhos sem pestanejar faço a maior
declaração de amor, sem falar…
António
de Sousa Fadigas, nascido a 21 de fevereiro de 1969,
natural de Maiorga, concelho de Alcobaça, com formação musical, executante de
clarinete alto na Banda da Sociedade Filarmónica Maiorguense e na Banda
Sinfónica de Alcobaça. Frequentou a Academia de Amadores de Música em Lisboa e
participou em vários concursos de bandas filarmónicas em Portugal e no
estrangeiro. Bancário durante vinte e quatro anos. Foi diretor do Clube
Millennium BCP para a área cultural. Frequentou o curso de Educação da
Universidade Aberta. Atualmente é chefe de serviços na Machado & Silveira,
Lda, tendo já participado em diversas antologias e programas de rádio na área
da poesia em Portugal e no estrangeiro.
“Ser poeta é ser diferente, é ter a coragem de
escrever na alma de toda a gente. “
Escrevo há cerca de três anos, tendo
neste momento, entre coletâneas e antologias, vinte e três participações
publicadas em diversas editoras.
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