Dia 04 de junho ficará na memória da Alessandra, da Amanda, da Joana, da Laura, da Marisa, do Tiago e do Xavier pela belíssima experiência que puderam ter na Livraria Arquivo. Estes meus alunos da disciplina de Literatura Portuguesa puderam partilhar as suas leituras com um público que os ouviu atentamente. Saíram do espaço da sala de aula e, rodeados de centenas de livros, contaram-nos histórias, partilharam reflexões, colocaram-nos a refletir e deixaram-nos à espera de que as suas histórias possam vir a ser publicadas (Marisa e Tiago). Eu já conhecia a sua capacidade de nos conduzir nesta viagem que as leituras proporcionam, mas queria que outros pudessem embarcar connosco na mesma experiência. Senti-me no papel de timoneiro por umas horas e a Susana Neves acolheu-nos, fez-nos sentir em casa e embarcou na mesma viagem. Que belo momento!
Dia 3 Sta Maria Madalena, de Josefa de Óbidos, 1650 Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra ÉCLOGA X Antes que o sol se levante Mote Antes que o Sol se levante, vai Vilante ver seu gado, mas não vê Sol levantado quem vê primeiro a Vilante. Voltas É tanta a graça que tem com üa touca mal envolta, manga de camisa solta, faixa pregada ao desdém, que se o Sol a vir diante, quando vai mungir o gado, ficará como enleado ante os olhos de Vilante. Descalça, às vezes, se atreve ir em mangas de camisa; se entre as ervas neve pisa, não se julga qual é neve. Duvida o que está diante, quando a vê mungir o gado, se é tudo leite amassado, se tudo as mãos de Vilante. Se acaso o braço levanta, porque a beatilha encolhe, de qualquer pastor que a olhe leva a alma na garganta. E inda que o Sol se levante a dar graça e luz ao prado, já Vilante lha tem dado, que o Sol tomou de Vilante. Éclogas, X
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